O nome do município é uma homenagem a Simão Dias, figura histórica que desde a emancipação política teve seu nome envolvido em calorosos debates sobre a sua real participação na origem da povoação. O município se originou como como conseqüência da invasão holandesa em Sergipe, pois com a eminência de uma ocupação o governo geral ordenou que o gado fosse evacuado. No entanto Braz Rabelo, latifundiário das terras de Itabaiana decidiu que o gado, ao invés de ser evacuado para além da margem sul do Rio Real, fosse escondido nas matas do Caiçá.
Estátua em homenagem ao vaqueiro Simão Dias, localizada na entrada do Município (Lagarto - Simão Dias).
Barão de Santa Rosa - Sebastião da Fonseca Andrade | Baronesa - Ana Freire de Carvalho |
No entanto com passar dos anos personalidades locais começaram a questionar a existência do referido povoador, levantado suspeitas sobre existência do mesmo. O grande defensor dessa tese foi o Padre João de Matos Carvalho que na intenção de Homenagear o Comendador Cel. Sebastião da Fonseca Andrade, mais conhecido com Barão de Santa Rosa, bem com à sua esposa resolveu desqualificar a tese defendida por Felisberto Freire. O padre tinha parentesco com a esposa do comendador e valeu-se de uma poderosa retórica, como também de várias controvérsias sobre a figura do vaqueiro Simão Dias. Esse debate está relatado no livro com título “Simão Dias ou Anápolis? Resenha histórica de sua fundação” publicado em 1912. Nesse livro ele levanta a tese de que na verdade o município se originou do esforço de Ana Francisca de Menezes, pois a mesma dou as terras onde hoje está edificada a Matriz de Santana. Nesse mesmo local, no passado, foi edificada uma capela onde daria origem à freguesia, posteriormente a Vila e por fim o Município. Sob esses argumentos o município teve então seu nome alterado em 25 de outubro de 1912, passando a se chamar “Anápolis” , como homenagem à Ana Francisca de Menezes e Ana Freire de Carvalho, esposa do Barão.
No entanto, os debates continuaram acalorados. Felisberto Freire, bem como vários intelectuais sergipanos e simãodienses defenderam com veemência o nome do Vaqueiro Simão Dias, como o primeiro povoador. O questão seria revista durante o Estado Novo, quando após a criação do IBGE por Getúlio Vargas, ficou vedada a existência de cidades com o mesmo nome no território Nacional. Como existia um município goiano com esse nome, e mais antigo, a Anápolis sergipana teve que voltar a se chamar Simão Dias, pelo decreto Lei nº 533, de 7 de dezembro de 1944.
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