domingo, 28 de março de 2010

PROGRAMAÇÃO PARA A SEMANA SANTA NO POVOADO BRINQUINHO


Domingo de Ramos - Procissão de Ramos percorrendo as ruas do Povoado. Início às 16:00h. Logo após, celebração da Palavra na igreja local. / Segunda-feira - Terço dos Homens, às 19:00h. / Terça-feira - Terço das Mulhers, às 19:00h. / Quarta-feira - Viasacra, às 19:00h. / Quinta-feira - Lava-pés, às 19:00h. / Sexta-feira da Paixão - Procissão às 16:00h e logo após celebração da Paixão e Morte de Cristo. / Sábado de Aleluia - Vigília, às 20:00h. As celebrações serão realizadas na igreja. PTH

SEMANA SANTA

A partir de hoje inicia-se a Semana Santa. Vamos pedir ao Senhor Jesus que ilumine as nossas mentes para que possamos aproveitar esta semana para em primeiro lugar nos reconciliar com Deus, com nós mesmos e com as pessoas que estão à nossa volta. A conversão é um processo necessário para que o ser humano vivencie o amor e a graça do Senhor Jesus em sua vida. Givaldo Matos.

quarta-feira, 17 de março de 2010

AGUARDE!

Em breve postaremos alguns trabalhos desenvolvidos pelos educandos neste ano letivo de 2010. Esta página será utilizada também como um espaço cultural para mostrar os talentos que temos em nossa unidade escolar e que encontram-se no anonimato. Este espaço neste meio de comunicação servirá para divulgar os trabalhos que são feitos periodicamente. Agora com a internet podemos mostrar as atividades ministradas em nossa escola. A Direção

DIA 22 DE MARÇO

No dia 22 de março de 2010 haverá uma passeata em Simão Dias comerando a semana da água. Nós da Escola Municipal "Otaviana Odíllia da Silveira" do Povoado Brinquinho estaremos participando junto a outras escolas da rede municipal de ensino. A Direção

quinta-feira, 11 de março de 2010

sábado, 6 de março de 2010

APRENDENDO A GOSTAR DE LER

Aprendendo a gostar de ler

Recorrer aos livros não apenas para satisfazer exigências práticas, mas também como fonte de entretenimento e prazer

Paula Stella e Cristiane F. Tavares

Ensinar o aluno a gostar de ler é uma das principais contribuições que um educador pode dar à sociedade. A Escola da Vila deseja que seus estudantes tenham uma relação de qualidade com a literatura. Desde a Educação Infantil até o Ensino Médio, as atividades planejadas são voltadas para a formação do leitor como sujeito que recorre à escrita para satisfazer exigências práticas, mas também como fonte de entretenimento e fruição estética. O trabalho baseia-se em atividades que privilegiam a relação qualitativa dos alunos com a literatura: o leitor lê porque tem interesse pelo tema, pelo gênero literário, ou mesmo pelo autor.

O tratamento utilitário, no qual o aluno lê porque o livro traz uma mensagem que o professor quer que ele conheça, está vinculado a uma concepção tradicional do processo de ensino e aprendizagem, que considera o leitor um ser passivo diante de textos com mensagens e significados preestabelecidos.

Exemplos do trabalho que prioriza a qualidade literária e os significados construídos pelos estudantes podem ser encontrados, com freqüência, nas salas de aula da Escola da Vila. Já nas séries iniciais as crianças brincam com as palavras num poema de José Paulo Paes e acompanham, com interesse e curiosidade, a leitura de um livro em capítulos, antecipando os acontecimentos, ansiosas por descobrir o final da história.

A Escola da Vila não propõe os tradicionais exercícios de interpretação de texto, que servem para o professor "controlar" a compreensão do que foi lido, pois valoriza as diferentes interações possíveis entre o leitor e o texto que lê. As conversas, nas quais são feitos comentários semelhantes aos que os leitores mais experientes realizam, informalmente, com seus amigos,quando falam sobre obras lidas, são muito mais estimulantes e esclarecedoras.

Ao optar por uma abordagem estética da linguagem literária, a Escola desvincula-se de concepções preconceituosas e reducionistas presentes em algumas classificações editoriais. Na maioria das vezes, essas publicações destinam ao leitor iniciante apenas as publicações com pouco texto e linguagem simplificada, desconsiderando o fato de que ele pode ouvir uma história lida por um adulto e de que sua capacidade para interagir com os textos está além das caracterizações reducionistas de sua faixa etária. Não há, portanto, um limite de páginas para os livros que são apresentados aos pequenos leitores na Escola da Vila, nem tampouco restrições quanto ao vocabulário que devem ou não devem conter. Há, sim, bom senso, adequação, leitura prévia e cuidadosa realizada pelo professor, a fim de descobrir o valor literário das publicações e planejar a mediação a ser feita.

Não colocar os textos literários a serviço de estudos realizados em outras disciplinas também é uma preocupação constante na Escola da Vila. Cada área possui suas especificidades e ainda que temas relacionados com outras áreas possam estar presentes nos textos literários, não são, em si, objetos de estudo da literatura. É preciso ter claro, quando se opta por uma escolha temática de um livro, em função de algum projeto pertencente a outra área, que os objetivos naquele momento não são literários, uma vez que o estudo não se debruçará sobre a linguagem, o discurso, as palavras. Além disso, as publicações que atendem a esse objetivo costumam apresentar pouco valor literário.

A IMPORTÂNCIA DA LEITURA

A prática da leitura se faz presente em nossas vidas desde o momento em que começamos a "compreender" o mundo à nossa volta. No constante desejo de decifrar e interpretar o sentido das coisas que nos cercam, de perceber o mundo sob diversas perspectivas, de relacionar a realidade ficcional com a que vivemos, no contato com um livro, enfim, em todos estes casos estamos, de certa forma, lendo - embora, muitas vezes, não nos demos conta.

A atividade de leitura não corresponde a uma simples decodificação de símbolos, mas significa, de fato, interpretar e compreender o que se lê. Segundo Angela Kleiman, a leitura precisa permitir que o leitor apreenda o sentido do texto, não podendo transformar-se em mera decifração de signos linguísticos sem a compreensão semântica dos mesmos.

Nesse processamento do texto, tornam-se imprescindíveis também alguns conhecimentos prévios do leitor: os linguísticos, que correspondem ao vocabulário e regras da língua e seu uso; os textuais, que englobam o conjunto de noções e conceitos sobre o texto; e os de mundo, que correspondem ao acervo pessoal do leitor. Numa leitura satisfatória, ou seja, na qual a compreensão do que se lê é alcançada, esses diversos tipos de conhecimento estão em interação. Logo, percebemos que a leitura é um processo interativo.

Quando citamos a necessidade do conhecimento prévio de mundo para a compreensão da leitura, podemos inferir o caráter subjetivo que essa atividade assume. Conforme afirma Leonardo Boff,

cada um lê com os olhos que tem. E interpreta onde os pés pisam. Todo ponto de vista é a vista de um ponto. Para entender o que alguém lê, é necessário saber como são seus olhos e qual é a sua visão de mundo. Isto faz da leitura sempre um releitura. [...] Sendo assim, fica evidente que cada leitor é co-autor.

A partir daí, podemos começar a refletir sobre o relacionamento leitor-texto. Já dissemos que ler é, acima de tudo, compreender. Para que isso aconteça, além dos já referidos processamento cognitivo da leitura e conhecimentos prévios necessários a ela, é preciso que o leitor esteja comprometido com sua leitura. Ele precisa manter um posicionamento crítico sobre o que lê, não apenas passivo. Quando atende a essa necessidade, o leitor se projeta no texto, levando para dentro dele toda sua vivência pessoal, com suas emoções, expectativas, seus preconceitos etc. É por isso que consegue ser tocado pela leitura.

Assim, o leitor mergulha no texto e se confunde com ele, em busca de seu sentido. Isso é o que afirma Roland Barthes, quando compara o leitor a uma aranha:

[...] o texto se faz, se trabalha através de um entrelaçamento perpétuo; perdido neste tecido - nessa textura -, o sujeito se desfaz nele, qual uma aranha que se dissolve ela mesma nas secreções construtivas de sua teia.

Dessa forma, o único limite para a amplidão da leitura é a imaginação do leitor; é ele mesmo quem constrói as imagens acerca do que está lendo. Por isso ela se revela como uma atividade extremamente frutífera e prazerosa. Por meio dela, além de adquimirmos mais conhecimentos e cultura - o que nos fornece maior capacidade de diálogo e nos prepara melhor para atingir às necessidades de um mercado de trabalho exigente -, experimentamos novas experiências, ao conhecermos mais do mundo em que vivemos e também sobre nós mesmos, já que ela nos leva à reflexão.

E refletir, sabemos, é o que permite ao homem abrir as portas de sua percepção. Quando movido por curiosidade, pelo desejo de crescer, o homem se renova constantemente, tornando-se cada dia mais apto a estar no mundo, capaz de compreender até as entrelinhas daquilo que ouve e vê, do sistema em que está inserido. Assim, tem ampliada sua visão de mundo e seu horizonte de expectativas.

Desse modo, a leitura se configura como um poderoso e essencial instrumento libertário para a sobrevivência do homem.

Há entretanto, uma condição para que a leitura seja de fato prazerosa e válida: o desejo do leitor. Como afirma Daniel Pennac, "o verbo ler não suporta o imperativo". Quando transformada em obrigação, a leitura se resume a simples enfado. Para suscitar esse desejo e garantir o prazer da leitura, Pennac prescreve alguns direitos do leitor, como o de escolher o que quer ler, o de reler, o de ler em qualquer lugar, ou, até mesmo, o de não ler. Respeitados esses direitos, o leitor, da mesma forma, passa a respeitar e valorizar a leitura. Está criado, então, um vínculo indissociável. A leitura passa a ser um imã que atrai e prende o leitor, numa relação de amor da qual ele, por sua vez, não deseja desprender-se.

Maria Carolina
Professora de Língua Portuguesa e Redação do Ensino Médio e Normal

AOS ALUNOS, PROFESSORES E PESSOAL DE APOIO

Bem-vindos às aulas! A E. M. "Otaviana Odíllia da Silveira" do Povoado Brinquinho inicia mais um ano letivo.